Tenho que confessar... ai ai ai... fui ver o filme só para apreciar o Brad Pitt.  O sujeito é super-gato e, ainda por cima, é um actor da maior competência! Não havia volta a dar, não vi no telão mas assisti cá em casa, com direito a zilhões de rewinds, para perceber cada detalhe da história, um bocado bizarra, mas cheia de encanto.

Achei muito intrigante a vida contada como um relógio suíço, que anda para tras. Um bebé que nasce "velho, às portas da morte" e que a cada dia rejuvenesce. Maravilha! O problema é que o rejuvenescer leva-o de volta às fraldas, sem habilidades motoras, sem o domínio da fala... um bebé totalmente indefeso e dependente.

Se resumirmos o filme ao supra-sumo da história, vemos que a nossa vida é mesmo assim. Chegamos ao mundo sem nada saber, dependentes de outros para sobrevivermos. Com muito auxílio aprendemos, capacitamo-nos, vivemos nosso auge biológico e depois caímos em franca decadência. Esquecemos o que foi aprendido, perdemos capacidades e morremos na fragilidade e dependência do início da vida... Só me vem à memória uma frase de um tio meu, o tio Aluízio(que saudades!!!), que dizia:

Êita vida cangaceira!!!