Semear para colher

A questão dos ciclos da vida: nascer, crescer, aprender, sofrer, amadurecer, desenvolver capacidades, envelhecer sem perder a "juventude interior". Compreender que é normal que ocorram mudanças, até mesmo para podermos viver melhor o presente - na nossa forma presente, com consciência das potencialidades e limitações que a maturidade nos impõe. Tudo isso muito bem refletido, em processos mentais complexos, e, por muitas vezes, confusos... foi essa reflexão que motivou as últimas entradas no blog, que assustou alguns bons amigos. Mas agora já está tudo bem. Decidi que a melhor escolha a fazer era semear novos pensamentos, para colher mais sabedoria, mais sorrisos, melhores horizontes... escolhi não perder o bom humor nem a fé (em Deus, em mim e na humanidade). Escolhi plantar, ver germinar, esperar para ver florescer e, quem sabe, frutificar, e fazer algum bem a alguém. Nessa nova fase o meu objetivo é o serviço - ainda não sei qual, mas vou estar atenta à demanda.

O Renascer da Fênix

A carta da morte, como já disse aqui, é uma carta positiva na maior parte das vezes. Ela representa o renascimento, a renovação das energias, um novo começo. É deixar o passado lá no lugar dele, fazer das mágoas lições aprendidas e seguir em frente. Novos objetivos em vista, novas motivações... uma grande virada de 180 graus. No começo é sofrido, porque nos deparamos com um fim de estrada... bem, todo fim é triste, não é? Mas, como the show must go on, aproveitemos o que foi bom (recordação dos momentos felizes) e reciclamos o que não foi tão bom (experiência de vida, sabedoria da dor). A imagem é muito forte, apelativa, mas, o que quero aqui é me prender ao significado.
Nascimento é uma coisa linda! Melhor ainda é o renascimento, com conhecimento prévio de muitas experiências!!! E aí, sem que nos demos conta, renascemos numa forma linda, cheios do fogo da VIDA, cobertos por uma luz intensa, prontos para novos vôos, mergulhos profundos na percepção de nós mesmos... tal e qual a Fênix, que, para renascer, precisa queimar até às cinzas e, só então, retornar à vida: linda, leve e pronta para uma nova existência!

É isso que dá pensar demais!

Hoje acordei assim... Não! Loura não! COM DOR DE CABEÇA!!! Que mania vcs têm de achar que estou sempre fazendo graça... Tô com dor de cabeça a sério. Então, não leram as mensagens anteriores? Estou em plena crise existencial (esta expressão já deve estar fora de moda..., f...-se).

Muito para pensar, mais ainda para fazer... preciso urgentemente de um GPS EMOCIONAL, algo que me oriente no meio dessa tempestade de sentimentos... Por enquanto, na falta de coisa melhor vou já tomar um mísero Paracetamol, calçar meus tênis, vestir trainning e vou dar uma caminhada. Se tiver sorte, a dor de cabeça sai pelos poros e o oxigênio vem salvar meu dia, né?

FUI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Pedras no Caminho

Momentos de reflexão são tão esquisitos, não é? Há quem pense que estou triste, mas não estou. Passou aquele frenesi da mudança de país... "caiu a ficha" e agora penso: e agora???
Nas minhas viagens pela net, li um blog muito interessante, que trazia a imagem acima e um fragmento muito lindo de um poema de Fernando Pessoa, que trancrevo abaixo.
"...Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da alma. É agradecer a Deus, a cada manhã, pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
Construir um castelo... hum... mais reflexões à vista...

Janela da Alma

O fim de um ciclo pressupõe, logo de seguida, o início de outro, penso eu. Mas, o que há no espaço entre um e outro??? Reflexões, mudança de hábitos caducos, novas metas, revolução do pensamento, ou, resumindo: olhar para dentro de si e analisar o que temos (para dar), o que somos (hoje), o que precisamos (hoje).
Tenho olhado no reflexo do espelho, à procura do que posso espreitar nas janelas da minha alma... tal e qual uma bandida ou uma vizinha curiosa... Esqueci que as janelas são feitas para serem vistas de dentro para fora, que tola sou eu! Tudo tem o seu tempo e, enquanto aguardo entre um ciclo e outro, devo contentar-me em ter bons pensamentos... e um céu mais azul, com nuvens bem levezinhas, só para dar um toque de beleza e serenidade.

Fim de um ciclo

Coisas estranhas acontecem todos os dias (com todo mundo), não é ? Bem, comigo tem acontecido de ter sonhos (leia-se pesadelos) em que estou dentro de um mausoléu - sabem aquele tipo de construção que parece uma casa..., mas que está nos cemitérios (well, não deixa de ser a tal "última morada"...)? É isso... euzinha dentro de uma coisa dessas... e o pior de tudo é que sinto-me bem, sem crise. !!!

Daí, lembrei daquele papo das cartas de Tarot... a carta da morte, na maior parte das vezes, quer dizer re-nascimento, fim de um ciclo da vida e início de uma nova fase (sabem aquela história da Fênix, blá, blá, blá? É isso!).

Para completar, ao ler o blog do meu primo Rey ( reynaldo-lopes.blog.uol.com.br ), vi lá uma citação que me bateu na neura. Era assim:

..."Você tem cinco minutos para mergulhar na tristeza absoluta. Aproveite e desfrute dela. No minuto seguinte, descarte-a e siga em frente."

Esta é uma frase do filme Elizabethtown e, eu acho, sinceramente, que tem tudo a ver com meu momento atual... mas ainda tenho muito o que refletir antes de postar mais alguma coisa a este respeito.

Aguardem notícias.